Bandido Boliviano
O cara saiu de casa, nem tinha amanhecido
Desceu o morro na miúda, passou despercebido
Mas o Assalto, meu amigo, não tem hora marcada
Em menos de um minuto ele já estava sem nada
Em menos de um minuto ele tava fodido
Corria sem rumo, com medo e desesperado
Afinal, perdeu os documentos e também ficou pelado
Então veio a polícia dando voz de prisão
Nem deu tempo de explicar e o cara foi pro camburão
Nem deu tempo de explicar e o cara tava fodido
Acuado num canto com mais de trinta na sela
Conquistou quem do pedaço era a fera
Bandido boliviano do pedaço era a fera
Bandido boliviano agora já era
Foi currado como uma puta, sem dó nem piedade
E liberado um tempo depois quando descobriram toda a verdade
Bandido boliviano do pedaço era a fera
Bandido boliviano agora já era
Tudo isso agora é passado e a vida continua
Ele mora num sobrado ali naquela rua
De dia é cabeleireiro, fatura uma grana
A noite vira Adelita quando o bandido lhe chama
Mulher de fino trato
Mulher de fino trato, bilíngüe, formada em direito
Mas o que eu não aceito é sua vida pregressa
Sei, que seu destino não está sendo fácil
Mas eu não posso levá-la pro meu palácio
Princesa da via expressa
Mulher de fino trato, eu sei que ela me engana
E nega que se entrega usando o corpo como ganha pão
Acho que eu ainda estou apaixonado
Mas não posso deixar de lado essa mulher
Passou de mão em mão
Ela é profissional, ela é profissional
Ela é profissional do meretrício, da vida bandida
O seu ofício é ser possuída
Em troca do vil metal
Ela é profissional, ela é profissional
Ela é profissional com seu olhar de menina sapeca
Deixando sequinho na cueca
Em troca do vil metal.