sábado, 27 de junho de 2009

O Brega - capítulo 2 (por Frederico Alfredo Rossi)

Waldomiro Peçanha

A vida nunca foi fácil para Waldomiro Peçanha, “O Brega”. Mesmo assim, sempre se deu bem em suas empreitadas, principalmente as do coração. Comia todas... Claro, todas as que podia... Muitas vezes, juntando cinco não dava uma, mas o negócio dele era “por pra dentro sem pensamento”, como costumava dizer.

Quando conheceu Jovanilde, estava sossegado, pois comia duas gatas...a dona da pensão em que se hospedava, e a filha dela. Todos diziam que isso ainda ia acabar mal, mas Waldomiro Peçanha dava de ombros...- “o negócio é por pra dentro, sem pensamento”, como costumava dizer...

No entanto, Jovanilde se rendeu ao charme descompromissado de Waldomiro, e insistiu com olhares, bocas e cabelos pra lá e pra cá... Como o negócio era por pra dentro, “O Brega” embarcou no chamado da sereia Jovanilde. Ela tinha dezessete anos, muito simpática. Seios maravilhosamente firmes e empinados, com os bicos sempre excitados, como se estivesse pronta e implorando para ser possuída... Pernas e coxas que delatavam não ser mais uma menina, e nádegas que fariam o mais celibato dos homens se entregar aos prazeres da carne.

Porra, é claro que “O Brega” não ia desperdiçar esse filé. E assim foi... Não desperdiçou... Comeu, se lambuzou, pediu mais e foi atendido... Delirou ao ter aquela tenra prenda em suas mãos, e ainda com o trunfo de ter sido o primeiro, conforme Jovanilde lhe confessou.

Na volúpia do incontrolável momento do prazer, Peçanha esqueceu da camisinha... Fodeu! E agora...foda-se...

Jovanilde, com cara de gozo eterno, mostrou a Waldomiro o exame positivo de gravidez... Pois é...”O Brega” se lascou... - Casar eu não caso... Assumo a criança, pago pensão, mas não caso - dizia ele à família de Jovanilde.

A criança nasce, e a emoção toma conto de todos... Parabéns pra lá, cervejada pra cá, e “O Brega” resignado, começou a pagar a pensão do rebento que hora tinha seu sobrenome: Fritz Peçanha... - Fritz Peçanha? Esse nome não é alemão? – Bem, assim ficou.

O pequeno Fritz crescia, e não era lá muito parecido com seu suposto pai...aliás, não tinha nada a ver... – Caralho, nove anos pagando pensão, e esse muleque nem se parece comigo... Vou pedir o DNA...

A família da moça não podia acreditar naquela desconfiança... – DNA? OOOHHHH!!! Você enlouqueceu...ele é a sua cara...quase né?

DNA feito, e deu...deu negativo...ele não era o pai...
Pagou pensão, se fudeu de tanto trabalhar, e o filho não era seu...
Pois é, seu Waldomiro...chupa, que a cana é doce...

* Qualquer coincidência com fatos reais, é mera semelhança.

A Moral no Clube de Compositores em Santo André

Terça, dia 30, estaremos tocando no Tupinikim a partir das 21 horas, abrindo o encontro de compositores.
O bar abre as 19:30h.
Passe por lá!
O endereço tá aqui:
TUPINIKIM Bar & Restaurante
Rua das Monções 585 Bairro Jardim - Santo André - SP

sábado, 20 de junho de 2009

O Brega - capítulo 1 (por Frederico Alfredo Rossi)

A roupa era bem usada, mas a melhor que tinha para ocasiões especiais. Calça "Boca de Sino" xadrez, camisa laranja, paletó "Fecha Canal", sapato "Carrapeta" marrom. O xadrez da calça, em tons de vinho, vermelho, carmim, escarlate e laranja. Acessórios não faltavam. Pulseiras, correntes no pescoço, medalhão, anel imitação de Rubi, e outro imitando curso superior. A unha do dedo mindinho da mão direita, grande e firme, como uma pequena chave de fenda. Ele chama de "O dedo coçador".

O cabelo meio "Pichaim", repartido de lado, e a muito custo penteado para baixo. Costeletas "Suíças" até o meio do rosto, e um bigode indecente cobrindo até o lábio inferior.

A roupa cheirava a peido, e "O Brega" cheirava a cebola.

A maleta de couro, já bem desgastada, carregava documentos e objetos de sua estima. Chaveiro do seu time de coração, canivete, dois maços de Minister, caixa de fósforos, canetas, cortador de unha, lixa, gel, desodorante, dados, baralho, santinho, barbeador e uma garrucha carregada. Escova de dente, pasta e um pedaço de fumo. Duas cuecas, uma camisa, uma calça e um par de meias. Rapé, três fitas cassete, uma revistinha pornô do tipo "Catecismo", e duas camisinhas. Quatro fotos 3 x 4, e um pedaço de rapadura.

Precisava tirar a carteira de trabalho e de saúde, para procurar emprego. Porém, chegando na rodoviária, tinha de arrumar onde ficar. Seu primo estava numa pensão na rua Helvétia. Foi andando até lá, encontrou-o, e acertou tudo. O quarto tinha mais dois carinhas. "O Brega" ia ficar no mesmo beliche que seu primo.

"O Brega" foi com seu primo até a fiação de algodão em que trabalhava. Apresentou-se, e logo estava empregado como "Ajudante Geral". Era um bom começo.

A primeira semana passou sem novidades. Na hora do almoço, encontrava-se com uma menina que trabalhava em outro setor da fábrica...se gostaram...se beijaram...e iniciaram um romance.

Ele tinha lá seu lado compositor, e tocava tres acordes no violão. Então fez sua primeira canção...para sua amada...Gerusa de Sá Fagundes:

Ó meu amor, foi paixão à primeira vista
Desde o primeiro beijo, você entrou na minha vida
Aqueles lábios, eram um misto de mel e Sucrílhos
E aquele abraço, um afago de mãe arrependida

Gerusa de Sá Fagundes
Me ame a mim, assim como eu te amo você
Jamais me abandone, pois do contrário eu morrerei

Gerusa de Sá Fagundes
Me ame a mim, assim como eu te amo você
Jamais me abandone, pois do contrário eu morrerei

Eu lhe proponho, uma noite em convívio carnal
Nós dois lado a lado, parecendo dois "animals" (em ingrêis)
Mas na verdade, esta súplica que faço a você
É por causa de seus peitos, que me fazem enlouquecer.

Ela adorou...Amaram-se feito dois animais, e no dia seguinte, cada um foi para o seu lado...em busca de um novo amor.

"O Brega" não se abala. Já tem outra musa em seu coração...e a vida continua...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Letra do Miché, pra num perder mais!

MICHÉ

Lindo, gostoso e atleta
Eu tenho uma vida secreta
Procuro alguém compatível
Para uma amizade sincera... ou algo mais

Solteiro, educado e rico
Não quero casar, eu só fico
Procuro uma amante fiel
Bonita, gostosa... lábios de mel

Miché, miché, pra você
Faça o amor, não faça a guerra
Faça o amor, não faça a guerra

Forte, dotado e discreto
Aceito dinheiro, não négo
Sou tudo o que você precisa
Cheque, dinheiro ou cartão... só aceito o VISA

Descarto boiola e boneca
Garanto serviço completo
Menino levado da breca
E deixo de brinde... a minha cueca